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Os restos de mais de dois mil fetos foram encontrados na casa de um antigo médico, especialista em abortos, no Estado do Illinois, nos EUA.
A descoberta macabra foi feita pelos próprios familiares de Ulrich Klopfer, que morreu no dia 3 de setembro, na casa que tinha em Illionois.
Foi a própria família do médico a contactar a polícia. Em comunicado, a que o jornal "The Guardian" teve acesso, as autoridades locais confirmam ter encontrado 2246 fetos, mas não encontraram qualquer sinal de que os procedimentos cirúrgicos tenham sido feitos naquela casa.
Os fetos foram retirados pela polícia que iniciou uma investigação.
Carreira marcada por polémicas
Urich Klopfer era o responsável por uma clínica de abortos em South Bend, no Estado do Indiana, e tinha perdido a licença médica em 2016, depois de uma série de problemas com as autoridades.
De acordo com a BBC, o médico não reportou o caso de um aborto realizado a uma criança de 13 anos, em 2014.
As autoridades sanitárias daquele Estado também interpelaram o médico sobre a falta de registos de alguns dos seus pacientes e a falta de acompanhamento prestada aos mesmos. O tribunal acabou por dar como provado que o médico usava exatamente os mesmos procedimentos e tipo de sedativos desde 1973, quando o aborto foi legalizado no Indiana.
Ulrich é o médico que mais abortos fez na história do Indiana, diz o jornal "The Soud Bend Tribune". Mike Fichter, presidente da "Indiana Right to Life, uma associação antiaborto, disse estar "horrorizado" pela descoberta. O responsável apelou às autoridades para determinar se os fetos encontrados na casa do médico, no Illionois, estarão relacionados com o trabalho desenvolvido no Indiana.
