
Londres, Inglaterra
WILL OLIVER/EPA
Maior mobilização de sempre pelo ambiente, com cinco mil iniciativas em 156 países, antecede cimeira da ONU.
As agências noticiosas não dão conta de greve climática em Tuvalu, o arquipélago trazido para a ribalta pelo secretário-geral da ONU, que se fez fotografar de fato e água pelos joelhos. António Guterres quis, com a famosa imagem que foi capa da "Time", mostrar o mal que o mundo está a fazer a si próprio. Tuvalu pode desaparecer sob o Pacífico a subir. Com pouco mais de 11 mil habitantes, não merecerá correspondentes. Mas alguns vizinhos maiores têm. E foram os primeiros a encher as ruas de jovens seguidores da sueca Greta Thunberg nesta "sexta-feira pelo futuro" que antecipou uma semana de manifestações e cimeiras mundiais dedicadas ao nosso Planeta. "Não afundamos, batemo-nos", ouviu-se, nas Kiribati.
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Contaram-se, números redondos, qualquer coisa como cinco mil iniciativas em 156 países. "São vocês que contam", disse-lhe Greta, desde Nova Iorque, onde está para intervir na Cimeira da Ação Climática da ONU, segunda-feira e marca presença, este sábado, no encontro de jovens pelo clima promovido por António Guterres. Sexta-feira, terá estado na megamanifestação de Nova Iorque - eram esperados 1,1 milhões de jovens. No final, previa-se, tornar-se-ia na maior mobilização pelo clima jamais conseguida, para pedir que efetivamente se contrarie o aquecimento global.
Na Europa, a mais expressiva - por coincidir com resultados - foi a de Berlim. Numa Alemanha onde os ecologistas cresceram como nunca e contrariaram a subida das extremas-direitas, a chanceler Angela Merkel fez aprovar à coligação governamental um pacote de cem mil milhões de euros para proteção do clima e transição energética. "Agora não somos sustentáveis", avisou Merkel, que vai levar a vitória à cimeira de Nova Iorque.
