As autoridades ucranianas acusam a Rússia de abrir fogo sobre três navios da Marinha da Ucrânia, este domingo. Dois soldados terão ficado feridos.
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Segundo a BBC, as autoridades russas ainda não comentaram a acusação feita.
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Recorde-se que, no início da semana, a Rússia acusou a Ucrânia de entrar ilegalmente nas águas russas, bloqueando o acesso ao Mar de Azov.
A tensão bélica entre os dois países tem vindo a aumentar significativamente nos meses mais recentes.
O presidente ucraniano, Petro Porochenko, "denunciou um ato agressivo da Rússia visando uma escalada premeditada" nesta região, tendo convocado o seu gabinete militar, de acordo com comunicados oficiais.
"As forças especiais russas apreenderam" os três navios, indicou em comunicado o comando das forças navais ucranianas, acrescentando que "informações dão conta de dois feridos ucranianos".
Pouco antes, a marinha ucraniana acusara a Rússia de ter disparado contra os navios que tinham partido de Odessa e tentavam entrar no estreito de Kertch, que separa a Crimeia da Rússia.
O ataque ocorreu depois de Moscovo ter acusado a frota ucraniana de violar as suas águas territoriais.
Mogherini pede à Rússia para restaurar liberdade de navegação no estreito de Kerch
A alta representante da União Europeia para a Política Exterior exigiu hoje à Rússia que restaure a liberdade de circulação no estreito de Kertch, que separa os mares Negro e Azov, para baixar a tensão na região.
"Esperamos que a Rússia restaure a liberdade de passagem no estreito de Kertch e apelamos a todos para atuarem com a maior contenção para baixar a tensão imediatamente", indicou a porta-voz de Frederica Mogherini, em comunicado.
NATO pede "contenção" à Rússia e abertura à navegação do estreito de Kertch
A NATO pediu, no domingo, "contenção" à Rússia e à Ucrânia após um ataque a três navios ucranianos no mar de Azov e instou Moscovo a permitir a livre circulação nas suas águas territoriais.
"A NATO está a seguir de perto os acontecimentos no mar de Azov e no estreito de Kertch e em permanente contacto com as autoridades ucranianas", indicou a porta-voz da Aliança Atlântica Oana Lungescu, em comunicado.
A NATO apela igualmente à "contenção e à redução de tensões".