Uma discoteca em Glasgow, na Escócia, permite que os clientes observem as clientes do sexo feminino, através de um espelho na casa de banho das mulheres que é semelhante aos das salas de interrogatórios policiais.
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O espelho de "dois sentidos" apenas possibilita a visualização para o interior dos lavabos femininos, funcionando como um espelho normal para as mulheres que estejam na casa de banho. A "outra face" do espelho dá para uma sala onde se realizam festas privadas a troco de 800 libras (cerca de 940 euros).
Algumas clientes da discoteca The Shimmy Club, indignadas com a situação e por se sentirem espiadas, apresentaram queixa às autoridades, que agora investigam o caso.
A discoteca de Glasgow argumenta que sempre disponibilizou outro espelho, perfeitamente normal, na casa de banho, além de garantir que existem sinais a advertir para a presença do espelho de dois sentidos, sinais esses que estão ainda mais visíveis atualmente na sequência do impacto que o caso tem tido na comunicação social britânica.
O espaço de diversão noturna defende que a ideia deste espelho não passa de uma "brincadeira" e que deve ser encarada como tal. A maior parte dos clientes assim o faz, garante.
Entretanto, um membro do parlamento escocês contou ao jornal "The Telepraph" que já escreveu aos orgãos responsáveis sobre a legalidade e licenças daquele objeto na discoteca. "Muitos de nós consideram o 'voyeurismo', particularmente em casas de banho, como algo perturbante (...) As mulheres que utilizam os lavabos não deviam ter como preocupação a ideia de fazerem, ou não, parte de um espetáculo de espreitadelas", declarou.
O "voyeurismo" é a prática que permite a um indivíduo obter prazer observando outros.