Os jovens ativistas portugueses aderem a 13 de março a mais uma greve climática estudantil global, seguindo o apelo internacional do movimento estudantil "Fridays for Future", que exige medidas políticas em defesa do ambiente.
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Em comunicado, divulgado esta terça-feira, o coletivo estudantil que tem participado e promovido manifestações em Portugal afirma que o objetivo é lançar "uma onda" pela justiça climática na primavera de 2020.
"Depois das mobilizações de 2019, em março, maio, setembro e novembro, continuamos a não ter a resposta suficientemente ambiciosa, face à ameaça cada vez mais intensificada da crise climática", lê-se no documento enviado às redações pela "Greve Climática Portugal".
Lisboa (15 horas), Porto (hora por definir), Aveiro (10.30 horas), Penafiel (10.30 horas) e Pico, Açores (10.30) são as localidades com manifestações já confirmadas em dia de greve às aulas.
No "Manifesto 13 de março", os jovens afirmam que a "casa está a arder" e que as sociedades têm uma década para reverter um século.
Para os jovens, o Orçamento do Estado para este ano, aprovado na semana passada, demonstra "uma insuficiência grave" no compromisso de atingir as metas para a neutralidade carbónica.
Os jovens querem "acabar com as concessões petrolíferas e de gás ainda existentes em Portugal e com a legislação que permite a aprovação de novos contratos" nesta matéria.
Ao mesmo tempo, propõem a investigação de alternativas "realmente sustentáveis", que possam substituir as baterias a lítio e a utilização de gás natural.
Eletrificar o sistema de transportes nacional e renovar a ferrovia são outras propostas inscritas no manifesto.