A Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) e a Ordem dos Psicólogos vão gastar 100 mil euros para tentar responder a problemas de saúde mental entre os estudantes universitários.
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O projeto é apresentado segunda-feira, 11 de abril, e o objetivo é contribuir para uma menor incidência dos problemas de Saúde Mental entre os estudantes.
Um estudo conduzido pelas Federações e Associações Académicas de Estudantes, recorde-se, conclui que cerca de 55% dos estudantes universitários portugueses piorou o seu estado de saúde psicológica durante a pandemia: 38% indica que a pandemia interferiu no seu desempenho académico e 28% tomou medicação (quase metade sem prescrição médica).
"A pandemia afetou seriamente a Saúde Mental dos estudantes universitários. Na FLAD, e porque trabalhamos de perto com os alunos e as Instituições de Ensino Superior, queremos ajudar a reforçar a sua capacidade de resposta a estes desafios", afirma Rita Faden, presidente da FLAD.
O programa FLAD/OPP vai dispor de um investimento de 100 mil euros, que vão ser distribuídos por um máximo de três candidaturas. Implica a contratação de um psicólogo que vai implementar "o projeto sob coordenação do respetivo serviço". No comunicado, a FLAD explica que "podem candidatar-se ao programa os Serviços de Psicologia ou de Saúde de instituições de Ensino Superior públicas com projetos que ajudem os estudantes, de forma preventiva, a desenvolver competências que fortaleçam a sua Saúde Mental".
A sessão vai contar com a nova ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato.
O programa FLAD/OPP, pioneiro em Portugal, pretende contribuir no combate aos problemas de saúde mental entre os estudantes do Ensino Superior, que já existiam e foram agravados com a pandemia covid-19.