Sessão solene desta segunda-feira na Assembleia da República, nos moldes dos 50 anos de Abril, reabre discussão sobre os contornos da movimentação militar. Historiadores dividem-se sobre a comemoração. Moderados e socialistas apontados como vitoriosos.
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É um dos acontecimentos mais complexos e polémicos do processo democrático português. O 25 de Novembro de 1975 continua a gerar discórdia na leitura dos acontecimentos que levaram ao fim do PREC - Processo Revolucionário em Curso. Com a sessão solene de amanhã no Parlamento, a batalha de memórias está instalada 49 anos depois. Os partidos da Direita conseguiram aprovar, contra a vontade da Esquerda, a comemoração anual daquela movimentação militar nos moldes dos 50 anos do 25 de Abril.
Num contexto sensível, em que o Chega ajudou a viabilizar a sessão reclamada pelo CDS, o debate está extremado. O 25 de Novembro, quando militares da Esquerda radical foram travados pelos moderados, é visto por uns como golpe militar contrarrevolucionário e por outros como o regresso ao espírito original de Abril.