A COP já não é um lugar de esperança para todos os que lutam pelo planeta
Entre os ativistas de justiça climática e os ambientalistas, nem todos olham com esperança para a COP29, a cimeira do clima das Nações Unidas que começa esta segunda-feira, no Azerbaijão. Se há quem considere que há sempre avanços na conferência, para outros, a COP é uma mão cheia de "acordos vazios".
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Na última semana, Matilde Alvim, de 23 anos, esteve no Encontro Global pelo Clima e pela Vida, no estado de Oaxaca, no México. O evento é uma espécie de anti-COP, uma contra conferência onde ativistas pela justiça climática se reúnem para promover redes e alianças, sob o mote de que só a comunidade pode ter um papel ativo na construção de um planeta mais justo e sustentável.
A portuguesa, que já foi um dos rostos da Greve Climática Estudantil e está agora no Climáximo, afirma ao JN que a COP "já não serve para nada". Após cerca de 30 anos de cimeiras anuais do clima, diz a ativista, a conferência organizada pelas Nações Unidas tem resultado num conjunto de "acordos vazios que não vão à raiz do problema".