O mar para nós assim como para todos os outros marinheiros é fonte de inspiração e um espaço em que é possível testar os nossos limites. É no mar que realmente percebemos o quanto somos pequenos num espaço tão vasto, aprendendo a conviver com as forças da natureza. A aprendizagem nem sempre é fácil e a vivência num espaço confinado com outras pessoas é um desafio diário.
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O NTM Creoula recebe durante as suas navegações, sujeitos da sociedade civil que na sua maioria nunca embarcaram e que não possuem conhecimentos náuticos. Isto poderia tornar extremamente difícil o cumprimento das diferentes actividades de bordo que são necessárias desempenhar. Contudo a guarnição do NTM Creoula através do seu empenho e mestria conseguem resolver qualquer desafio que lhe seja imposto sempre com boa-disposição.
Ao contrário do que poderiam pensar, os navios não são só feitos de ferro e madeira, é a guarnição que dá vida a um navio, é a sua alma.
Assim como em qualquer organização o factor mais importante são as pessoas.
É também essencial louvar os participantes da UIM, nomeadamente os instruendos que aceitaram "embarcar nesta aventura". É necessário muita coragem para saírem da sua zona de conforto e ajustarem-se a este meio que é tão diferente (uns mais rápido que outros!). Os enjoos nos últimos dias foram muitos e foi difícil para os instruendos partilharem um espaço reduzido com muitas pessoas, mas é com satisfação que vemos que passados poucos dias o enjoo é encarado com um sorriso e como algo natural para quem detém experiencia de mar.
Do nosso ponto de vista tem sido uma experiência interessante, uma vez que é a primeira navegação que fazemos com estudantes de universidades civis portuguesas e espanholas. Esta viagem tem-nos permitido trocar conhecimentos sobre diversas áreas, e a verdade é que temos aprendido mais do que aquilo que temos ensinado.