Livre passou de um para quatro deputados e já vale tanto como o PCP. Um partido verde, mesmo que não tenha a cor no nome, que está “no meio da Esquerda” e tem Rui Tavares como figura tutelar. Venha conhecer quem são, o que pensam, como se organizam. E saber o que significa afinal a papoila, que escolheram como símbolo.
Corpo do artigo
Uma papoila como símbolo, eleições internas em que qualquer cidadão se pode inscrever para votar e até para ser eleito, a defesa de uma eco-geringonça, gente que se apresenta como libertária, ou regionalista, ou que ambiciona uma Europa federal. Mas apontada “ao meio da Esquerda”. Um partido verde, como outros na Europa, mesmo que não tenha a cor inscrita no nome. Um movimento que parecia de um homem só, Rui Tavares, mas a que eleitores jovens, urbanos e com formação universitária decidiram dar grupo parlamentar.
As eleições de 10 de março apresentaram tantas e tão impactantes novidades, que o facto de ter aparecido um partido ecologista que passou a ter grupo parlamentar foi secundarizado. A ordem de prioridades mediática foi a de digerir e perceber a explosão da Direita radical e dos seus 48 deputados; a vitória por uma unha negra da AD; o empate técnico (para usar a linguagem das sondagens) arrancado pelo PS; e a catástrofe eleitoral que se abateu sobre o PCP.