Na semana de 31 de março a 6 de abril prevê-se um estado do tempo novamente caracterizado pela instabilidade atmosférica.
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O anticiclone que trouxe um panorama meteorológico estável, seco e geralmente soalheiro na última semana de março, digna de primavera e ao longo da qual foi registado um gradual e significativo aumento das temperaturas, subirá em latitude, estabelecendo-se sobre o centro e norte da Europa.
Esta nova configuração sinóptica “abrirá a porta” ao regresso das tempestades formadas no Atlântico, permitindo mais episódios de precipitação, vento e agitação marítima nas unidades territoriais portuguesas, com destaque sobretudo para o Arquipélago dos Açores e para Portugal Continental, explica Alfredo Graça, geógrafo e editor-chefe da Meteored Portugal.
No Continente o desenvolvimento desta nova fase meteorológica instável e variável, com períodos de chuva abundante e vento moderado a forte, por vezes alternados com períodos de céu nublado e boas abertas, terá início precisamente no primeiro dia de abril - segundo mês da primavera climatológica - no momento em que mais uma depressão começar a condicionar o estado do tempo.
De momento, os mapas de referência da Meteored antecipam que a próxima sexta-feira, 4 de abril, seja o dia mais crítico da semana, isto é, aquele para o qual se preveem as condições meteorológicas mais adversas. A cartografia meteorológica revela a possibilidade de que uma frente muito ativa, associada ao sistema depressionário, descarregue muita chuva à medida que for percorrendo o país de sul para norte, entre as últimas horas de quinta (3) e durante o dia de sexta (4).
O vento seria potencialmente mais intenso nas regiões a norte do sistema montanhoso Montejunto-Estrela. Já a agitação marítima poderia ser mais forte nas regiões a sul do Cabo da Roca.
Texto assinado por Alfredo Graça, geógrafo e editor-chefe da Meteored Portugal