Taxa desceu este domingo face ao registado em eleições locais e também ao sufrágio de18 de maio para Assembleia da República.
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A abstenção desceu nestas eleições, rondando os 40,5% contra 46,35% registados nas últimas autárquicas. À hora de fecho desta edição, a taxa de votantes situava-se nos 59,60%.
A abstenção em autárquicas tem estado acima dos 40% desde 2009 e, em 2021, registou-se a segunda mais alta percentagem, 46,35%, um pouco abaixo do valor recorde de 47,4%, atingido em 2013.
As eleições locais com maiores taxas de participação foram as de 1979 e 1982, com abstenções inferiores a 30%, respetivamente, de 26,23% e de 28,58%. Nas primeiras autárquicas em democracia, em 1976, tinha havido 35,42% de abstenção.
As projeções divulgadas pelos canais de televisão indicavam ontem uma taxa entre 43% e 48,3%.
Até às 16 horas, a afluência às urnas situava-se em 43,42%, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, valor superior ao registado à mesma hora há quatro anos.
Em maio foram 41,7%
Dos líderes partidários, partiram durante o dia de ontem vários apelos à participação quando as projeções indiciavam valores piores do que os registados nas eleições nacionais. A taxa de abstenção nas legislativas de 18 de maio situou-se nos 41,7%, subindo em relação há um ano, mas mantendo-se mais baixa do que em todas as outras anteriores legislativas até 2009.
"Votem por vós, pelas famílias e comunidades", pediu anteontem o presidente da República. Disse ser "fundamental exercer o direito ao voto nas autárquicas, uma cidadania de maior proximidade a funcionar", elogiando a campanha "pacífica, civilizada, intensa e disputada".
À lupa
38,95% no distrito do Porto. Foi a taxa de abstenção registada nas eleições. No concelho do Porto, especificamente, foi de 43%.
45,58% no distrito de Lisboa. Era a taxa registada à hora de fecho desta edição, ainda com quatro freguesias por apurar. Na capital, a abstenção era de 43,44%.