A Acção Católica portuguesa está a festejar, ontem e hoje, no Porto, os seus 75 anos.
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Os seus movimentos, os que têm resistido à usura do tempo e à desmobilização de tantos leigos que deixaram a Igreja em bicos de pés, são apenas sete dos vinte que chegou a contabilizar, na época em que seriam mais de 100 mil os seus militantes, quer jovens quer adultos. As mudanças, porém, não significam que a Acção Católica esteja em agonia lenta. Já não é apostolado associado de multidões, mas de pequenos grupos que praticam, mais do que a metodologia, a espiritualidade do ver os problemas da vida concreta das pessoas, julgá-los ou iluminá-los à luz do Evangelho e programar acções para a transformação da sociedade, para que seja mais justa. A questão que se põe hoje é saber se ainda vale mais a pena a estrutura orgânica da Acção Católica em sectores dos mundos operário, rural, independente, académico e das crianças ou se seria mais recomendável a Acção Católica geral, já que hoje os sectores sociais não se diferenciam tanto como outrora. O que é certo é que a metodologia da Acção Católica, de uma forma ou de outra, continua bem actual para a missão dos leigos, mais associados do que francos atiradores, para bem da sociedade e da Igreja. É um movimento eclesial com pernas para andar, olhando de frente, e com esperança, o presente e o futuro.