À saída do primeiro turno da prova de Português do 9º ano, na Escola João de Meira, em Guimarães, a maioria dos alunos estava satisfeita.
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De uma forma geral, os alunos acharam a prova fácil, os conteúdos foram os que a maioria esperava e não se registaram problemas técnicos. Ainda assim, as provas digitais não convencem estes alunos que, unanimemente, disseram preferir fazer testes em papel.
Manuel Reimão saiu da sala ao toque, não precisou do tempo de tolerância. “Achei a prova fácil e os conteúdos corresponderam àquilo que me tinham pedido para estudar. Acho que vou ter um bom resultado”, refere. Manuel jogou pelo seguro e estudou tanto Lusíadas como Auto da Barca do Inferno, mas confessa que se focou mais na obra de Camões. O facto de se ter celebrado, em 2024, os 500 anos do nascimento do grande poeta da língua fez com que muitos alunos acreditassem que a prova estaria centrada na sua obra maior.
Margarida Araújo confessa que gostava de ter ouvido o áudio mais uma vez (só podiam ouvir duas vezes), “para poder confirmar as respostas”. Filha de professora, por decisão pessoal e a conselho materno, decidiu apostar nos Lusíadas e naturalmente estava feliz.
“Correu-me super bem. Tinha feito provas de outros anos e acho que esta foi mais fácil”, avalia Matilde Delgado. “Relativamente à prova de Matemática, esta correu muito melhor. Na prova de Matemática, não era possível puxar para trás e houve uma série de problemas técnicos, desta vez correu tudo bem”, aponta esta aluna.
“Se fosse eu a mandar, a prova voltava a ser em papel”
Matilde preferia ter feito a prova em papel, “porque gosto de sublinhar os textos e escrever à margem e neste sistema isso não é possível”. Maria Coelho concorda com a colega: “Eu preferia mil vezes fazer a prova em papel. Para formular as respostas eu gosto de sublinhar os aspetos importantes do texto, nesta prova isso não é possível”. Lara Sousa é aluna de quatro e espera manter o nível nesta prova, mas se fosse ela a mandar, “as provas voltavam a ser em papel”.