Maioria das propostas que entram na Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior são mestrados, cada vez mais segmentados. Candidaturas esbarram no corpo docente e na estrutura curricular.
Corpo do artigo
A Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) continua a registar um “fluxo excecionalmente elevado” de pedidos para novos cursos, na sua grande maioria mestrados, com a proporção de novos ciclos de estudos não acreditados em crescendo: 38% foram chumbados. As razões mantêm-se: falhas no corpo docente e na estrutura curricular, num sistema de ensino que “poderia estar estabilizado”.
A leitura é feita pela agência nos relatórios de gestão e de monitorização agora divulgados e consultados pelo JN. Entre 1 de novembro de 2023 e 31 de outubro de 2024, foram analisados 230 processos de novos ciclos de estudos – 26 à distância –, dos quais 87 acabaram por não ser acreditados. Do remanescente, 46% foram aprovados e os restantes autorizados, mas com condições.