Agora separados, a que se vão dedicar os Ministérios da Ferrovia e da Habitação?
O primeiro-ministro justificou a alteração na orgânica do Governo - com a decisão de separar as Infraestruturas da Habitação, áreas antes tuteladas pelo ministro cessante Pedro Nuno Santos - alegando que a habitação é uma área central em Portugal.
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João Galamba - Acelerar e executar os investimentos
Mais capacidade executiva
Explicando a escolha de Galamba para as Infraestruturas, Costa afirmou: "É necessário dar pronta execução aos investimentos previstos, em particular na ferrovia, pelo que era indispensável, no ministério da Infraestruturas, poder concentrar capacidade executiva".
Atrasos no Ferrovia 2020
Em novembro, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) alertou que havia "o risco" de algumas das obras do plano nacional de investimento na ferrovia, com conclusão prevista para 2021, "se prolongarem para além de 2023". O Ferrovia 2020 visa modernizar as linhas nacionais e envolve um investimento superior a 2 mil milhões de euros.
Ligar maiores centros urbanos
O Plano Ferroviário Nacional, apresentado em novembro, prevê medidas como a ligação dos 28 maiores centros urbanos nacionais, a construção da alta velocidade e de uma terceira travessia do Tejo, até 2050, entre Chelas e Barreiro.
Outros desafios
Entre eles estão as recorrentes greves na CP, a decisão do concurso para a compra dos 117 comboios da CP - que deverá ocorrer nos próximos meses - a construção de novas linhas ou os progressos na eletrificação da Linha do Douro.
Marina Sola Gonçalves - Mais casa públicas para os jovens
2,7 mil milhões de euros
António Costa disse que "no Plano de Recuperação e Resiliência, só para habitação, estão reservados 2,7 mil milhões de euros para executar até ao final da presente legislatura e que representarão uma mudança estrutural".
Preocupação com os jovens
Na mensagem de Ano Novo que escreveu para o JN, o primeiro-ministro revelou que foram contratualizadas as primeiras 223 Estratégias Locais de Habitação e anunciou que será criado este ano um programa especial de arrendamento jovem, que pretende arrendar no mercado para subarrendar a preços acessível. Também o programa Porta 65 terá os tetos máximos de renda revistos.
Arrendamento acessível
Lançado em julho de 2019, o Programa de Arrendamento Acessível (PAA) para ajudar as famílias a lidar com a escalada dos preços na habitação foi um fracasso: em novembro havia cerca de 900 contratos ativos para mais de 30 mil candidaturas. O Governo já anunciou que será revisto.
Aumentar parque público
A médio prazo, o objetivo é aumentar de 2% para 5% o parque público de habitação, o que equivale a mais 170 mil fogos no mercado, mas a falta de mão de obra deve comprometer esta meta.