PSP sinalizou nove mortos em sinistros rodoviários só no mês passado. Na mesma altura, foram detidos quase 900 motoristas sem carta ou sob efeito do álcool e muitos eram recém-encartados.
Corpo do artigo
Mais acidentes e mais mortos do que no ano passado. Os dados estatísticos da PSP referentes ao último mês de agosto mostram que nove pessoas morreram na sequência de mais de 4600 desastres nas estradas do país. E revelam que quase 900 condutores foram detidos por estarem alcoolizados ou não terem habilitação legal. Estes dados não incluem a atividade operacional da GNR que, no sábado, registou a morte de dois jovens de 29 anos, num despiste ocorrido em Almeida.
Das nove vítimas mortais sinalizadas pela PSP, somente em agosto, três estiveram envolvidas em despistes, outras tantas em colisões e mais três foram atropeladas. Estas nove vítimas representam um aumento dos óbitos relativamente ao mesmo mês do ano passado, período em que quatro pessoas não resistiram a sinistros.
O número de acidentes também subiu. Em 31 dias, e somente na área de intervenção da PSP, tiveram lugar 4641 ocorrências, mais 134 do que em agosto de 2023.
Profissionais com álcool
“O fator humano do comportamento é reconhecido como a condição mais relevante para a ocorrência da maioria dos acidentes de viação, seja por infração e/ou desrespeito pelas regras e sinais de trânsito, seja perante um acontecimento inesperado”, assegura a PSP, que, em agosto, efetuou 892 detenções por crimes rodoviários.
Mais de 460 dos condutores detidos estavam alcoolizados e 428 não tinham habilitação legal para estar ao volante.
O álcool também justificou 347 das mais de 19 mil contraordenações emitidas pela PSP. Entre aqueles que foram apanhados com uma taxa alcoolemia acima do estipulado por lei, 85 tinham carta de condução há menos de três anos ou eram motoristas profissionais.
Mais de 350 automobilistas foram multados, ainda, por conduzirem enquanto usavam o telemóvel (mais 21 do que em agosto de 2023), mas foi o excesso de velocidade que justificou o maior número de contraordenações. Em apenas um mês, 2732 motoristas aceleraram a viatura mais do que a lei lhes permitia.