José Pedro Aguiar-Branco, cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) pelo distrito de Viana do Castelo, cumpriu esta quarta-feira de manhã a agenda de Luís Montenegro em Valença, que entretanto foi cancelada por motivos pessoais.
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Junto à fronteira com Espanha, na zona comercial no interior da fortaleza daquela cidade, onde os galegos são a principal clientela, o candidato destacou a importância das eleições autonómicas da Galiza, que se realizam domingo, dia 18, para “as relações transfronteiriças”. E lamentou a ausência do líder da AD. “Vamos cumprir a agenda por respeito pelas pessoas e por quem estava a contar ter este dia com a presença do Luís Montenegro, mas, infelizmente, por uma situação que escapa à sua vontade não permite”, declarou Aguiar-Branco.
O candidato teve um encontro com comerciantes e tomou um café com militantes e os candidatos Emília Cerqueira e Jorge Mendes, números dois e três da sua lista, e ex-deputado Luis Campos Ferreira, natural daquele concelho fronteiriço. Seguiu depois para a zona piscatória da freguesia de S. Pedro da Torre para, junto de pescadores, tomar “conhecimento das questões que se levantam” para o setor. “A agenda era de Luís Montenegro, não era a minha, mas irei ouvir o que a esse propósito é necessário ouvir”, indicou.
Questionado sobre o ato eleitoral de domingo na Galiza, num momento em que a última sondagem do Centro de Investigações Sociológicas (CIS) vaticina uma subida das intenções de voto no Bloque Nacionalista Galego (BNG), que ameaça a maioria absoluta do PP de Alfonso Rueda, e pode originar uma eventual “viragem à esquerda”, Aguiar-Branco comentou que aquelas eleições “são sempre importantes para as relações transfronteiriças e para o desenvolvimento das atividades em comum, embora essas relações entre Estados e entre regiões estejam sempre acima das cores políticas”.
“De qualquer maneira, havendo uma maior identidade de objetivos que se possam estabelecer entre os dois lados da fronteira, é evidente que isso é sempre um aspeto positivo”, declarou, referindo que tem acompanhado “com alguma atenção e interesse” a situação política na vizinha Galiza, porque “de certo modo acaba por ser importante para o que vai acontecer aqui em 10 de março. Poderá entre 19 de fevereiro e 10 de março, haver alguns pontos de contacto mais fortes”.
Recorde-se que a Junta da Galiza é liderada há 15 anos consecutivos pelo PP, primeiro com aquele que é atualmente líder nacional do partido em Espanha, Alberto Nuñez Feijóo, e a partir de maio de 2022 com Alfonso Rueda.