O antigo ministro José Pedro Aguiar Branco vai ser o cabeça de lista da Aliança Democrática (AD) às legislativas pelo círculo de Viana do Castelo, soube o JN. António Leitão Amaro, vice-presidente do PSD, é o número um por Viseu. De entre os 22 cabeças de lista, apenas dois transitam do tempo de Rui Rio.
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Rita Júdice, advogada e filha do também advogado José Miguel Júdice, irá encabeçar a lista da AD por Coimbra. Foi coordenadora do Conselho Estratégico Nacional do PSD para a área da habitação.
Hugo Soares, outro vice-presidente social-democrata, é o primeiro candidato pelo círculo de Braga. Já em Aveiro, o número um será Emídio Sousa, presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, ao passo que, em Bragança, o escolhido é Hernâni Dias, autarca da cidade capital de distrito.
Por Vila Real, o primeiro candidato da AD será Amílcar Almeida, presidente da Câmara de Valpaços. Já na Guarda, o nome indicado é Dulcineia Moura. Esta substitui Rui Ventura, autarca de Pinhel que era apontado como cabeça de lista mas que foi, entretanto, acusado de peculato.
De entre os 22 cabeças de lista, há apenas dois a transitar das legislativas de 2022: um é Paulo Moniz, pelo círculo dos Açores; a outra é Sónia Ramos, que repete a candidatura por Évora.
Em Beja e em Portalegre, os escolhidos pela AD foram os presidentes das distritais, respetivamente Gonçalo Valente Henrique e Rogério Silva. Há dois anos, recorde-se, Évora foi o único círculo alentejano em que o PSD conseguiu eleger.
Pelo círculo da Europa foi escolhido Carlos Gonçalves e, no de Fora da Europa, a preferência recaiu em José Cesário. O antigo secretário de Estado das Comunidades, que tinha deixado o Parlamento em 2022, poderá agora regressar. António Maló de Abreu, candidato escolhido por Rio há dois anos para este círculo, anunciou recentemente que deixará o PSD.
Aguiar Branco e Leitão Amaro trazem experiência governativa do tempo de Passos
José Pedro Aguiar Branco e António Leitão Amaro integraram os Governos de Pedro Passos Coelho. O primeiro, atualmente com 66 anos, foi ministro da Justiça de Pedro Santana Lopes e ministro da Defesa dos dois Executivos de Passos. Já tinha sido eleito para o Parlamento em quatro ocasiões, todas pelo círculo do Porto, de onde é natural.
Leitão Amaro, de 43 anos, foi secretário de Estado da Administração Local do primeiro Governo de Passos Coelho. No passado, já foi três vezes eleito deputado: das duas primeiras vezes candidatou-se por Lisboa; na última - em 2015 - foi, tal como agora, cabeça de lista por Viseu.
No domingo, soube-se que o líder do PSD, Luís Montenegro, será o número um do partido por Lisboa - uma estreia, já que tinha sido sempre candidato por Aveiro. Miguel Guimarães, ex-bastonário da Ordem dos Médicos, foi escolhido como cabeça de lista pelo Porto.
Miguel Pinto Luz, outro dos vice-presidentes sociais-democratas, encabeçará a lista de candidatos por Faro, numa decisão que já levantou polémica. Teresa Morais, que integrou os dois Executivos de Passos Coelho, será a primeira da lista por Setúbal.
No fim-de-semana ficaram ainda a ser conhecidos os cabeças de lista por Santarém e por Castelo Branco, ambos independentes: no primeiro caso trata-se de Eduardo Oliveira e Sousa, ex-presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP); no segundo, o nome escolhido foi Liliana Reis, professora universitária que, nos últimos tempos, tem comentado a guerra da Ucrânia na televisão.
Conselhos Nacionais confirmam nomes, CDS terá dois lugares elegíveis
Todos estes cabeças de lista são membros do PSD ou independentes. O CDS terá dois lugares elegíveis nas listas por Lisboa e pelo Porto - que deverão ser ocupados, respetivamente, por Paulo Núncio e Nuno Melo.
Os democratas-cristãos indicarão ainda o 16.º candidato por Lisboa e pelo Porto, além do 10.º lugar da lista por Aveiro e o 11.º por Braga. Para o PPM fica reservado o 19.º lugar pela capital, dificilmente elegível.
Os Conselhos Nacionais do PSD e do CDS reúnem-se esta segunda-feira à noite. Mas, enquanto os sociais-democratas têm na agenda a aprovação das listas de candidatos a deputados, os democratas-cristãos só incluíram na ordem de trabalhos "os critérios" das mesmas.