Alargado prazo para ajudas na reconstrução de casas e fábricas destruídas nos fogos
O Governo anunciou, esta segunda-feira, que o prazo para pedir apoios para reconstuir casas e fábricas destruídas pelos incêndios de setembro, que terminava esta terça-feira, será alargado até 31 de março. Até agora, a tutela só recebeu cinco candidaturas.
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"A parte que está mais atrasada é a das casas e das fábricas, porque estranhamente, estão identificadas mais de 30 casas, que foram ardidas, total ou parcialmente, mas só há quatro candidaturas. E nas fábricas, identificámos várias que arderam, total ou parcialmente, mas ainda só há uma candidatura", adiantou Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial, esta segunda-feira, na sede da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), no Porto.
O prazo para as candidaturas terminava a 31 de dezembro, nesta terça-feira, mas devido ao baixo número de pedidos de auxílio entregues até agora, o Governo decidiu estender a data até ao final do primeiro trimestre de 2025.
"Como a maior parte dos lesados das casas e das fábricas ainda não apresentaram as candidaturas, nós vamos prorrogar o prazo até 31 de março para que as pessoas possam apresentar as candidaturas. Creio que tem a ver com questões formais e burocracias. Às vezes, há heranças indivisas, há um herdeiro que está na Austrália, há outro que está no Japão e é difícil. Vamos ter que arranjar alguma solução, mais expedita para poder apoiar, porque nós temos o dinheiro disponível já há bastante tempo", afirmou Castro Almeida.
Agricultores
Já no que toca aos apoios destinados aos agricultores, o ministro da Coesão Territorial garantiu que todos os pedidos de apresentados até novembro ficarão pagos até ao final deste mês e, os pedidos apresentados em dezembro serão pagos em janeiro, sendo que, até agora, receberam cerca de 4800 pedidos de indemnização.
"Creio que as coisas foram bem montadas. Dinheiro existe. O Governo disponibilizou imediatamente 100 milhões de euros para satisfazer as necessidades, não é esse o problema. O problema é a apresentação das candidaturas. Os agricultores que não precisavam de papéis, esses apresentaram os seus pedidos e a maior parte deles já receberam e os que não receberam vão receber no próximo mês de janeiro", afirmou Castro Almeida.