
Alexandra Leitão, ex-ministra da Modernização do Estado, apresentou a moção de Pedro Nuno Santos
Rita Chantre / Global Imagens
Alexandra Leitão, que apresentou a moção de Pedro Nuno Santos no congresso do PS, considera que os socialistas têm o "desígnio" de "proteger a democracia", devendo "mobilizar-se para combater os populismos". A deputada elencou as seis prioridades da moção, que vão do crescimento económico ao reforço do Estado Social.
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"No ano em que se comemoram os 50 anos do 25 de Abril, proteger a democracia é, como sempre foi e sempre será, um desígnio do PS", afirmou Alexandra Leitão, este sábado, na Feira Internacional de Lisboa (FIL).
"À social-democracia, que o PS tem a honra de representar em Portugal, cabe mobilizar-se para combater os populismos que ameaçam a democracia em todo o mundo, para contrapor ao egoísmo e individualimo a humanidade e a solidariedade", continuou a deputada socialista.
Lembrando que 2024 é "um ano cheio de desafios eleitorais" (legislativas, regionais dos Açores e europeias), Alexandra Leitão garantiu que o PS continuará "a lutar pela democracia todos os dias". "Não nos deixaremos intimidar nem tolher", reforçou.
Seis prioridades e um piscar de olho à regionalização
No discurso, de teor bastante programático e pouco galvanizador, Leitão argumentou que a moção de Pedro Nuno representa uma "continuidade com renovação". Tendo em conta as habituais críticas ao suposto radicalismo do novo líder do PS, considerou pertinente reforçar que o partido será sempre "pró-europeu".
A socialista enunciou as seis "missões fundamentais" da moção encabeçada por Pedro Nuno Santos: preparar o partido para o futuro, promover uma economia "inovadora e socialmente justa", reforçar o Estado Social, apostar num "território inteiro", "revitalizar e proteger" a democracia e, por último, reforçar o papel do país no estrangeiro.
Em concreto, Alexandra Leitão comprometeu-se a ajudar a construir uma "economia sofisticada", que "ajude a pagar melhores salários", a criar "condições de trabalho mais dignas" e a fixar os jovens no país. Garantiu que haverá um maior investimento nos serviços públicos e nas qualificações.
A deputada salientou ainda a necessidade de fazer avançar a regionalização, "se possível alicerçada num amplo consenso político e social".
