A deputada socialista e ex-ministra Alexandra Leitão irá coordenar a moção de Pedro Nuno Santos ao 24.º Congresso Nacional do PS, agendado para 6 e 7 de janeiro em Lisboa. Ao JN, a socialista rejeitou a ideia de que esta seja a eleição direta do partido "em que se vai decidir entre radicais e moderados".
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Foi a própria deputada que avançou, esta terça-feira, em declarações ao jornal "Público", que será responsável por coordenar a moção com que Pedro Nuno Santos se irá apresentar aos socialistas no congresso nacional do PS e, eventualmente, do programa eleitoral.
Em declarações ao JN, Alexandra Leitão justificou o seu apoio a Pedro Nuno Santos pelas "qualidades políticas e capacidade de execução" do deputado, mas também pela "proximidade de ideias" que partilha com ele. Recorde-se que, tal como esperado, na segunda-feira Pedro Nuno Santos formalizou a sua candidatura a secretário-geral do partido.
"Rejeito a ideia de que esta é uma eleição em que se vai decidir entre radicais e moderados. Todos temos a mesma matriz social democrata, mesmo que haja nuances dentro do pluralismo normal", apontou a deputada, aludindo à comparação que tem vindo a ser feita, nos últimos dias, entre a candidatura de Pedro Nuno Santos e a do ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
Recusa divisão entre moderados e radicais
Uma ideia que Pedro Nuno Santos também deixou clara no discurso de apresentação da sua candidatura à liderança do PS, esta segunda-feira. "Muito se tem falado de uma suposta divisão no PS entre uma ala centrista e moderada e uma ala de esquerda e radical. Mas esta discussão tem pouco sentido. Alimenta conflitos artificiais e apenas serve a quem combate o PS. Na pluralidade que sempre existiu neste partido, o que está em causa não é uma disputa entre a moderação e o radicalismo", afirmou o candidato.
Alexandra Leitão foi uma das várias figuras socialistas que esteve presente na apresentação oficial da candidatura do socialista para a liderança do PS, que decorreu durante a tarde de segunda-feira, na Sede Nacional do partido, em Lisboa.
Os socialistas vão as eleições diretas para decidirem quem sucede António Costa nos dias 15 e 16 de dezembro, em simultâneo com a eleição de delegados. Já o 24.º Congresso Nacional do PS foi antecipado para 6 e 7 de janeiro.