O acordo entre PSD, CDS-PP e PPM, que é assinado este domingo à tarde, garante ser a “única” alternativa para vencer os socialistas.
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PSD, CDS-PP e PPM formalizam, este domingo no Porto, a coligação para as legislativas e europeias deste ano. O documento do acordo crítica os "múltiplos falhanços dos últimos oito anos" e garante que a nova Aliança Democrática (AD) é a "única alternativa" capaz de vencer o PS.
Sem mencionar o Chega, o acordo assegura que os partidos que integram a AD terão moderação política e "uma cultura de tolerância e de respeito pelo pluralismo, repudiando extremismos ou populismos de qualquer ponto do espectro ideológico ou partidário".
Luís Montenegro, recorde-se, já revelou que o CDS-PP terá dois lugares "claramente elegíveis" nas listas para as legislativas - 16.º pelos círculos de Lisboa e do Porto, além do 10.º º lugar na lista por Aveiro e 11.º por Braga, mandatos que considerou possíveis se a AD conseguir uma vitória "mais folgada". O PPM concorre no 19.º º lugar pela capital. Esta será a quarta vez que PSD e CDS-PP irão juntos a legislativas. E o acordo sublinha a " capacidade de entendimento e experiência de Governo" da AD. Após as eleições de 10 de março, os deputados formarão grupos parlamentares autónomos.
Promessas eleitorais
O acordo começa por tecer duras críticas à governação socialista, frisando que "a afinidade da anterior e atual liderança do PS com os partidos da esquerda radical auguram a continuação destas tendências". No texto, que será assinado esta tarde na Alfândega do Porto, são enumerados como "falhanços" o empobrecimento do país, ultrapassado por outros países europeus, o agravamento da carga fiscal, a degradação dos serviços públicos, como a Saúde e a Educação, e a "crise na habitação".
Colocar o país "entre os melhores da Europa", reforçar os "rendimentos de todos os portugueses" e "salvar o Estado Social" são promessas eleitorais assumidas no acordo. A baixa de impostos para famílias e empresas e a recuperação do investimento público são apontados como prioridades. A sustentabilidade das contas públicas é outra garantia mas "de modo saudável" para "reverter" o caminho socialista de "carga fiscal máxima para serviços públicos mínimos".
De fora da coligação pré-eleitoral, o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, assegurou ontem estar disponível para "participar em soluções que transformem o país", desde que essa alternativa não integre o Chega. O acordo prevê, ainda, o apoio a entendimentos locais para as autárquicas de 2025.