A Direção-Geral da Saúde acaba de atualizar a norma relativa ao rastreio de contactos, que passa agora a ter em conta o estado vacinal do indivíduo.
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Assim, a partir de agora, uma pessoa que tenha estado em contacto com um caso positivo, por exemplo num espaço fechado por mais de 15 minutos, mas tenha já as duas doses da vacina, e decorridos 14 dias sobre a segunda toma, passa a ser considerada contacto de baixo risco, aplicando-se apenas a vigilância passiva e um teste até ao quinto dia, sem necessidade de isolamento profilático. O que significa dizer que, nas escolas, quando detetado um caso positivo na turma, os alunos com esquema vacinal completo deixam de ter de cumprir isolamento profilático em casa.
Até aqui, estes casos eram considerados de alto risco e sujeitos a vigilância ativa, com isolamento no domicílio e realização de dois testes. Agora, quando Portugal está já perto dos 85% da população com esquema vacinal completo, passam a ser considerados de baixo risco, monitorizando sintomas durante 14 dias (vigilância passiva) e realizando um teste à SARS-CoV-2 até ao quinto dia, de acordo com a norma agora publicada e confirmada já nesta manhã pelo JN junto da Direção-Geral da Saúde.
Devem, no entanto, e como no passado, "limitar as interações com outras pessoas, reduzindo as suas deslocações ao indispensável (por exemplo: trabalho, escola, casa, etc.), e evitar o contacto com pessoas com condições associados a maior risco de desenvolvimento de covid-19 grave".
Sublinhe-se, no entanto, que há exceções. Mesmo com vacinação completa, os coabitantes com o caso confirmado "em contexto de elevada proximidade (por exemplo, partilha do mesmo quarto)"; os contactos no contexto de surtos em lares, unidades de cuidados continuados, instituições de acolhimento de crianças e prisões; e os contactos que residam ou trabalhem em lares são na mesma considerados contactos de alto risco, sujeitos, por isso, a isolamento profilático.
A todos os que não tenham ainda as duas doses da vacina contra a covid, e os 14 dias decorridos sobre a segunda toma, aplicam-se as regras já em vigor quando contacto de risco elevado. Ou seja, isolamento profilático durante 10 dias (em casos excecionais, mediante risco de cadeias de transmissão, a autoridade de saúde, numa análise caso a caso, pode determinar 14 dias de isolamento), e um teste molecular até ao quinto dia e um segundo teste ao décimo dia.
Esta era uma medida há muito aguardada pelos encarregados de educação e pelas escolas, tendo a ministra da Saúde Marta Temido revelado recentemente que até ao final desta semana haveria novidades quando à definição de contactos e de isolamento face à iminência de termos 85% da população com esquema vacinal completo.