Profissionais estão em queda há vários anos, levando as escolas de condução a prolongar o período de formação e a restringir marcação de aulas. Salários baixos não cativam jovens.
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A lei que regulamenta a formação de instrutores de condução foi publicada há mais de um ano, mas o problema persiste. A falta destes profissionais está a comprometer o serviço regular das escolas de condução que não conseguem dar resposta à procura. Em Portugal, são pouco mais de 5000, mas o número está em queda há vários anos. Por consequência, os estabelecimentos estão a prolongar o período de formação e a restringir a marcação de aulas. A inexistência de um número mínimo de instrutores pode ditar o encerramento da escola.
Atualmente, existem 5252 instrutores com licença válida e ativa em Portugal. Em 2019, eram 5755 e o número foi sempre diminuindo ao longo destes cinco anos. De acordo com a informação adiantada ao JN pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), há cerca de quatro instrutores por cada escola de condução, que são 1238.
O problema não é novo e as consequências estão à vista no mais recente relatório de supervisão da Autoridade da Mobilidade e dos Trasportes (AMT) à “informação prestada ao candidato a condutor”, realizado junto das escolas de condução.