Sem medidas mais robustas, cumprir metas de Paris pode tornar-se inviável. Assinalam-se 20 anos sobre o primeiro instrumento mundial de travão às alterações climáticas.
Corpo do artigo
É visto como um “marco” decisivo na tomada de consciência sobre o desafio global das alterações climáticas. Passados 20 anos da entrada em vigor do Protocolo de Quioto, e num momento de contagem decrescente para cumprir as metas de 2030 do Acordo de Paris, os ambientalistas alertam para a necessidade de acelerar de forma significativa as medidas de descarbonização, sobretudo no setor dos transportes, e para aumentar a capacidade de produção de eletricidade através das renováveis.
Para Portugal, o tratado internacional marcou o início da política climática nacional. “Antes do protocolo, não tínhamos basicamente nada, do ponto de vista do apoio à decisão para determinarmos quais seriam as nossas metas e o caminho a seguir”, recorda Francisco Ferreira. O presidente da associação Zero salienta que a transição do Protocolo de Quioto, que terminou em 2020, para o Acordo de Paris trouxe mudanças significativas, desde logo, ao impulsionar a União Europeia a estabelecer uma legislação interna mais rigorosa.