A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) denunciou, esta segunda-feira, que estão ambulâncias retidas "por tempo interminável" nas urgências do Hospital Garcia de Orta, em Almada, com esperas para a triagem de uma hora e meia.
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"Lamentavelmente, continuamos a ter meios dos Serviços Médicos de Emergência retidos por tempo interminável [sic] nos Serviços de Urgência, com esperas para triagem hospitalar de cerca de 1.30 horas", lê-se num comunicado divulgado, esta segunda-feira, ao princípio da noite.
Em declarações à agência Lusa, fonte da instituição disse desconhecer se outros hospitais estão com situações idênticas, mas admite que sim porque estavam pelas 20.45 horas nas urgências do Garcia de Orta, no distrito de Setúbal, ambulâncias de Cascais, do Estoril (Cascais) e do Zambujal (Amadora), por exemplo.
Para a ANTEM, esta situação é "profundamente lamentável", "incomportável para os pacientes" e "absolutamente insustentável para os Serviços Médicos de Emergência, debilitando a sua capacidade de resposta, já enfraquecida". Desta forma, a ANTEM constata que o "Sistema Integrado de Emergência Médica é incapaz de responder adequadamente".
"Esta situação evidencia que o Sistema Integrado de Emergência Médica não é tão eficaz como se faz crer e acarreta um constrangimento muito maior ao ineficaz serviço que temos", frisou a fonte daquela associação à Lusa.
A mesma fonte alertou ainda para as condições em que são mantidos os doentes, uma vez que as macas dos bombeiros "não são dotadas do conforto e comodidade que os doentes precisam para estarem lá horas".
A Lusa tentou sem sucesso contactar com o Hospital Garcia de Orta.