O presidente do Conselho Nacional do CDS-PP acusou, este domingo, a Jurisdição do partido de ter cometido "falhas graves". Para Filipe Anacoreta Correia, o candidato Nuno Melo é que é cometeu "uma afronta à democracia", por ter tentado impedir a reunião de sexta-feira, que cancelou o congresso.
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Numa conferência de Imprensa, na sede nacional do CDS-PP, o presidente do Conselho Nacional do partido, Filipe Anacoreta Correia, contra-atacou a candidatura à liderança de Nuno Melo, acusando-a de ter tentado "uma afronta à democracia", ao tentar impedir que se realizasse a reunião de sexta-feira, que cancelou o congresso de 27 e 28 de novembro, em Lamego.
"Alguns membros do partido pretendiam impedir, obstaculizar o Conselho Nacional. Isso sim, seria uma afronta à democracia", considerou Filipe Anacoreta Correia, criticando a deliberação da Jurisdição do partido que considerou nula a reunião e insinuando inclusivamente que foi feita à medida de Nuno Melo.
"Há alguns factos que causam estranheza. Estão em causa, falhas graves e elementares relativamente ao processo", acusou o presidente do Conselho Nacional, apontando o facto de a relatora ser a chefe de gabinete do grupo parlamentar e membro da Distrital de Braga, liderada por Nuno Melo.
Acresce que, segundo Filipe Anacoreta Correia, o Conselho Nacional "não foi ouvido" no processo. "Não tivemos oportunidade de nos pronunciar", garantiu, considerando que não foi formalmente notificado da decisão da Jurisdição, porque só recebeu "dois emails que transmitiam informação sobre a decisão" mas que não eram acompanhados "de um relatório com fundamentação".
Quanto às saídas do partido de dirigentes como Adolfo Mesquita Nunes e Pires de Lima, o presidente do Conselho Nacional diz ver "com pesar" mas desdramatiza, lembrando que já ocorreram situações do género no passado, nomeadamente na liderança de Manuel Monteiro. "O CDS não são as pessoas", afirma Filipe Anacoreta Correia.