“Ando num centro de estudos e isso tem-me ajudado”

“Fiquei espantada, pois nunca imaginei que pudesse ser uma das premiadas. Na escola estudo, claro, mas ando num centro de estudos e isso tem-me ajudado muito e é responsável, em parte, por ter tirado boas notas. Estudar muito é preciso, mas, às vezes, se o fizer vou ficar com muito stress e se estudar pouco não me vou sentir preparada”, diz a jovem sobre a escola, prosseguindo: “A disciplina que mais gosto é Educação Visual, adoro desenhar, é uma das minhas paixões, quando for grande não tenho muita certeza do que quero ser, mas acho que vou querer ir para Belas Artes. A que menos gosto é Educação Tecnológica”.

O gosto pelas artes é tal, ou não fosse os pais artistas plásticos, que a jovem vai querer aproveitar o vale da Staples para se abastecer. “Vou querer comprar material, como lápis e borrachas, e todo o necessário e, depois, algum material fora do contexto escolar, como material para artes, como argila ou qualquer coisa que precise para a minha secretária”, diz.

Para além de desenhar, os tempos livres Violeta gosta de “estar no telemóvel, ver filmes com os pais ou cozinhar”. “Gosto muito de cozinhar e, às vezes, fazer o jantar ou o almoço para os meus pais”, acrescenta.

A premiada fala ainda de um desejo seu: “Um dos meus sonhos é ir ao Japão, a cultura lá é muito gira. Ir aos templos também seria muito giro. Acho que seria uma experiência muito fixe”.

A mãe, Cláudia Carvalho, 50 anos, artista plástica, que trabalha no ensino técnico profissional, explica que a filha “foi sempre uma criança muito dedicada à aprendizagem, muito curiosa, que sempre gostou da escola”. E acrescenta: “A Violeta vê na escola uma forma de interagir com o Mundo, através dos professores, dos amigos, dos colegas. É muito sociável, sempre teve um percurso que para mim estava muito bom e só vai ao centro de estudos para aprender a estudar. Posso ajudar em casa, mas ela não precisa de explicações, pois entende tudo muito fácil, mas tem de aprender a estudar, que é uma coisa fundamental”.

Para esta encarregada de educação, algo que fez a “muita diferença” neste percurso de aprendizagem foi ter entrado para a escola com 6 anos a fazer 7 em novembro e “já tem outra maturidade”.

Já no gosto de Violeta pelas artes diz não ter tido qualquer influência. “Sou artista plástica, mas nem eu, nem o meu marido, que somos ambos dessa área, a incentivamos. Dizem que se calhar é genético. Se calhar, porque nunca estimulei nada para essa área”.

Cláudia Carvalho explica que a candidatura ao “Regresso às Aulas” surgiu por indicação da diretora de turma da Violeta, que entendeu que ela tinha possibilidades de ganhar o prémio”. “E tentei, porque o material escolar é algo que dá assim uma facada no orçamento familiar em qualquer agregado. É muita coisa. Tentei, tendo como resposta o ‘não’ garantido e o ‘sim’ seria uma alegria e foi assim que o recebemos. Vai ser muito bom e vai ser uma ajuda muito grande. Faz mesmo muita diferença”, frisou.

A mãe de Violeta, conclui: “No caso desta iniciativa, só poderem dar o material, por muito pouco que seja, já estão a fazer imenso, pois o ano inteiro está sempre a ser pedido mais. Mesmo uma criança que precise de óculos o que dão faz diferença. Por isso, estes prémios vão ser uma ajuda muito preciosa. Este ano letivo vai correr bem”.

Perfil

Nome: Violeta Salomé Carvalho Afonso

Idade: 11 anos

Localidade: Porto

Ano a frequentar: 6.º

Aproveitamento: Dez 5 e um 4

Quando for grande quero: Fazer algo ligado às Belas Artes