O presidente do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.TO.P.) vai pedir a realização de uma assembleia geral extraordinária para destituir a atual direção.
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No requerimento enviado à presidente da mesa da assembleia geral e assinado por mais de duzentos sócios, os professores afetos a Pestana referem que os corpos gerentes do sindicato “têm dificultado o exercício do sindicalismo democrático e combativo”. A recolha das assinaturas necessárias para a marcação da assembleia (que deverá ocorrer a 30 de setembro, em Coimbra) foi mobilizada pelo próprio presidente do S.TO.P.
“Neste momento, a direção do S.TO.P. não está a ser fiel ao seu ADN”, disse ao JN André Pestana, afirmando ainda que o sindicato “vai voltar” a respeitar os princípios do sindicato. “Ao contrário do que me acusam, a direção foi constituída com base na diversidade e o nosso comprometimento tem que ser com a educação”, referiu.
O documento elaborado como suporte para a recolha de assinaturas para a destituição da direção e ao qual Pestana diz não estar formalmente ligado, refere ainda que “a mudança de ação sindical praticada por parte dos membros dos corpos gerentes se afasta da prática sindical democrática e combativa e quer impedir a continuidade da liderança”.
Fonte da direção garantiu ao JN que a marcação de uma assembleia geral para destituição dos corpos gerentes ganhou força, depois de vários elementos terem retirado a confiança a André Pestana e de lhe terem “retirado o acesso às contas bancárias”.
Um dos fatores de discórdia entre os nove membros da direção do S.T.O.P. tem a ver com a possibilidade de Pestana estar a criar um novo partido político. “Estive no MAS (Movimento Alternativa Socialista), saí mas não para criar outro partido”, afirmou.
No Porto, na passada quarta-feira, numa ação de protesto perante João Costa, o ministro da Educação, e António Costa, primeiro-ministro, Pestana esteve presente mas, contrariamente a outros manifestantes, não estava vestido com a camisola do S.TO.P.