O líder do Chega reconheceu que falhou o principal objetivo e deixou algumas farpas a Luís Montenegro e afastou qualquer apoio a eventuais cargos futuros de António Costa.
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No final da noite, André Ventura voltou a reconhecer que os resultados não foram os esperados, mas fez questão de salientar que esta eleição não tem comparação com aquelas que dizem respeito a Portugal. E, apesar da falhar este domingo os objetivos, o líder do Chega arrancou fortes aplausos dos militantes, quando referiu que, "a partir do dia 10 de março, o Chega entra em todas as eleições para ganhar".
Depois de agradecer a todos os candidatos e à equipa que trabalhou nas Europeias, Ventura deixou farpas a Luis Montengero. "Ouvimos hoje Luís Montenegro dizer que, através dos deputados que elegeu, apoiará a candidatura de António Costa ao Conseho Europeu, Aqui se vê quem continua a dar a mão ao PS, a permitir que este tenha vitórias como a de hoje. Ao contrário do que o primeiro-ministro e líder do PSD diz, quem é a muleta do PS é o PSD e não o Chega", referiu.
"O que vos posso garantir é que, enquanto for líder partidário, não permitirei que o Chega apoie António Costa a qualquer cargo no Mundo", acrescentou, voltando a arrancar aplausos dos apoiantes que enchiam a sala do hotel onde o partido instalou o seu quartel-general, em Lisboa.
Embora inistindo que, ao contrário de outros, não canta vitória quando não ganha, Ventura tentou sublinhar os aspetos positivos da noite, com mais farpas aos concorrentes. "A noite trouxe outras realidades: é que nem liberais nem extrema-esquerda nos ultrapasaram, continuamos a ser a terceira força política em Portugal", sublinhou.
O líder do Chega salientou ainda que esta eleição é "uma etapa do crescimento" e, para gáudio dos apoiantes, concluiu: "Este caminho só acabará com a vitória do Chega em Portugal".
"Eu não preciso de um futuro, porque tenho um passado"
Já o candidato António Tânger Correia aproveitou para agradecer a André Ventura e à equipa que o acompanhou pelo empenho na campanha eleitoral e deixou a promessa de máximo empenho dos dois deputados eleitos pelo Chega. "Somos dois mas somos bons e vamos para Bruxelas para representar os portugueses que até agora têm sido desprezados", destacou.
Tânger Correia fez ainda questão de dizer que não foi candidato "para ter um tacho ou um futuro". "Eu não preciso de um futuro, porque tenho um passado", sublinhou.