A eleição de 48 deputados do Chega para a Assembleia da República reforça a implementação geográfica do partido, depois da debandada de autarcas a que tem assistido desde as eleições locais de 2021. O partido já perdeu quase metade dos vereadores – sai um a cada três meses, em média - e dezenas de deputados municipais.
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“Deus me livre ter uma pessoa destas a governar o país. As pessoas estão muito iludidas. Para mim é igual ou pior àqueles todos que estão no Governo”. O alvo desta frase é André Ventura e a autora é Cidália Figueira, vereadora na Câmara de Moura, eleita pelo Chega. Cidália não demorou dois meses a perceber como funciona o núcleo duro do partido, com o qual raramente tinha contacto.
Dos 19 vereadores eleitos, o Chega já perdeu nove. Em média, sai um a cada três meses. O cargo não é remunerado, mas todos ficaram como independentes. Sempre que um abandona, há deputados municipais e de freguesia que o acompanham e que emagrecem o resultado eleitoral de 2021 que deu ao Chega 173 representantes nas assembleias municipais e 205 nas de freguesia.