Ano letivo terá mais 19 residências para estudantes do Superior. Candidaturas arrancam hoje
A primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior arranca esta segunda-feira. Até setembro devem estar concluídas mais 19 residências para estudantes, que representam mais 2296 camas (1199 novas), revelou ao JN o Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).
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O custo do alojamento é a maior despesa para os estudantes deslocados. No balanço enviado ao JN, o MECI assume dificuldades na execução dos projetos financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sobretudo por ausência de candidaturas às empreitadas e pelo aumento generalizado do preço dos materiais.
No entanto, desde março de 2024, dos 60 projetos que estavam em fase de "preparação de concurso" restam apenas três, que estão, neste momento, em vias de ser lançados. Nessa altura, estavam em obra 46 residências, agora, são 100, a que se juntam "mais cinco em breve", tendo já sido contratualizadas mais de 19 mil camas, ultrapassando a meta do plano, que era de 18 mil. O número de intervenções concluídas passou de 10 para 30 (cerca de 2400 camas).
87 cursos sem desemprego
A primeira fase de candidaturas termina dia 4. As instituições, públicas e privadas, abriram quase 102 mil vagas, mais 1647 do que no ano passado. As colocações são divulgadas a 24 de agosto. Atenção, este ano, os exames nacionais podem pesar mais na nota de ingresso.
Cada universidade ou politécnico decide as suas regras, mas o Governo define percentagens mínimas e máximas. Assim, os exames pesam entre 45% e 60% da nota de ingresso – até ao ano passado contavam entre 40% e 50%. E, a média do Secundário passa a contar entre 40% e 55%. As instituições podem ainda pedir pré-requisitos com uma ponderação máxima de 15%. Convém, por isso, confirmar as condições nas páginas de cada universidade, politécnico ou da Direção-Geral do Ensino Superior antes da submissão da candidatura. Cada aluno, recorde-se, aponta seis escolhas e a colocação depende da média e da ordem de prioridades.
Com as aposentações a baterem recordes, Educação Básica, que forma os educadores e docentes do 1.° e 2.° ciclos tem um dos maiores reforços: mais 204 vagas, num total de 1197. Nos cursos de excelência, como Engenharia Aeroespacial ou Matemática Aplicada e Computação, há mais 432 lugares, num total de 4468. Em Medicina há mais 130 vagas, mas 86 é o contingente para alunos internacionais.
Os indecisos podem ainda consultar o portal Infocursos antes de concorrer. A última atualização refere que, em 2023, o número de cursos com taxa de desemprego de 0% aumentou de 45 para 87, e que duplicaram as ofertas com uma taxa inferior a 1% (de 87 para 162). No “Balanço anual da educação 2025”, do Edulog, da Fundação Belmiro de Azevedo, um licenciado ganha em média mais 45% do que um trabalhador com o Secundário. Num mestre, a diferença chega aos 80%.
Referências
Pedidos de bolsa
Os estudantes podem assinalar na candidatura se pretendem pedir bolsa. Após a submissão, a Direção-Geral do Ensino Superior envia para o e-mail dos alunos as credenciais necessárias para solicitarem o apoio.
Futuros docentes
Desde este ano, o Governo atribui uma bolsa anual no valor das propinas (697 euros) aos estudantes que ingressarem em cursos de Educação Básica. O apoio será pago até à conclusão da formação e pretende reduzir a falta de professores.
Calendário
A segunda fase realiza-se entre 25 de agosto e 3 de setembro. As colocações são a 14 de setembro. A terceira fase é entre 23 e 25 de setembro e os resultados saem a 1 de outubro.