Ano novo pode ditar regresso do PSD ao poder, extrema-direita é peça-chave do puzzle
Haverá legislativas, europeias e regionais. Pedro Nuno e Montenegro tentam somar apoios.
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Mudança ou continuidade: eis a incógnita que vai persistir durante os dois primeiros meses de 2024 e que só terá resposta após as legislativas de 10 de março. Com o cenário de uma maioria absoluta praticamente descartado tanto para PS como para PSD, o país faz contas na tentativa de perceber qual de dois blocos terá deputados suficientes para apoiar um Governo - se o dos partidos à Esquerda, se o das forças à Direita (neste segundo caso, importa ainda saber se o Chega conta). Antes, a 4 de fevereiro, as eleições dos Açores funcionarão como ensaio geral; em junho, terão lugar as europeias.
O ano arranca em força, com os congressos de PS e Chega. O dos socialistas, marcado para os dias 5, 6 e 7, em Lisboa, consagrará Pedro Nuno Santos como novo secretário-geral e, no rescaldo do choque da queda do Governo, ajudará a unir as tropas antes da batalha eleitoral. Em caso de vitória, os socialistas darão continuidade a um período no poder que já vai em oito anos. O congresso do Chega, a realizar entre os dias 12 e 14, também na capital, confirmará André Ventura como líder incontestado.