António Sampaio da Nóvoa anunciou esta quinta-feira que vai continuar com a sua candidatura a Belém. O ex-reitor da Universidade de Lisboa entrou na corrida à Presidência da República há cinco meses e diz que agora, com o cenário político ditado pelas legislativas, não pode atirar a toalha ao chão.
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O candidato alegou, na sua sede de campanha das rua Cais do Tojo, em Lisboa, que, "durante o período eleitoral para as legislativas", reuniu e consolidou "as condições necessárias ao sucesso da candidatura".
"Apresentei a minha candidatura há mais de cinco meses. Em nome da cidadania. Não esperei pelo apoio de nenhum partido para a lançar. Não estou dependente de nada, nem de ninguém, apenas dos portugueses e das portuguesas que queiram juntar-se a esta causa", disse, criticando Cavaco Silva, pela comunicação oficial que fez ao país sobre a necessidade de uma estabilidade governativa.
Desde as legislativas que vinha sendo ventilada a sua desistência, não só devido a dificuldades financeiras, como também o facto da candidatura de Maria de Belém vir a provocar uma divisão na Esquerda, mas a sua máquina de campanha apressou-se a desmentir a batida em retirada.
O ex-reitor é apoiado pelos três antigos chefes de Estado, Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio, contando com o apoio de muitos dirigentes socialistas. Aliás, a sua aproximação ao líder do PS era óbvia, tendo merecido um convite de António Costa para discursar no congresso socialista após a Primárias do partido.
Além de Nóvoa, disputam os terrenos da Esquerda a ex-presidente do PS, Maria de Belém, o ex-deputado socialista Henrique Neto e o candidato do PCP, apresentado esta quinta-feira, Edgar Silva.