Falta dinheiro, recursos e sensibilização para municípios desviarem restos alimentares dos aterros.
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Meses após a entrada em vigor da obrigatoriedade dos municípios implementarem a recolha de biorresíduos, apenas 15% da população em Portugal continental tem o sistema à porta. Um diagnóstico da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) revela que falta financiamento, recursos e sensibilização da população para se conseguir cumprir as metas, evitando que os restos alimentares contribuam para esgotar a já diminuta capacidade dos aterros.
De acordo com o inquérito da ERSAR sobre a recolha seletiva de biorresíduos alimentares, realizado em abril de 2024 junto das 236 entidades gestoras (EG) do sistema em baixa, a obrigação que entrou em vigor em janeiro do ano passado tarda em chegar ao terreno. Das “185 EG que participaram no inquérito, apenas 79 (43%) informaram ter implementado essa medida”. E, como a maioria não abrange toda a sua área de intervenção, isso significa que “apenas 15% dos alojamentos do território continental estão cobertos”.