No ano passado,o serviço recebeu cerca de sete milhões de contactos. Uso incorreto da linha agravou-se face a 2020 e a 2021.
Corpo do artigo
A linha de emergência 112 recebeu cerca de sete milhões de chamadas em 2023, das quais apenas 20% dizem realmente respeito a situações de emergência, um número que não registou nenhuma melhoria face a 2022. Aliás, olhando para os últimos dois anos, o uso incorreto da linha agravou-se face a 2020 e a 2021, embora o número de contactos em geral esteja a diminuir. O maior pico de chamadas em 2023 registou-se na semana em que Lisboa acolheu a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em agosto. Hoje é o Dia Europeu do 112 e assinala-se o 33.º aniversário da linha de emergência europeia.
O 112 recebeu, no ano passado, um total de 6 953 906 chamadas, das quais apenas 1 394 612 foram registadas como verdadeiras emergências. Ou seja, apenas 20% dos pedidos de ajuda foram situações de emergência, revelam os dados, enviados ao JN, pela PSP, força de segurança responsável pela gestão do serviço 112 português. Os números são semelhantes aos registados em 2022 e, comparando com os anos de 2020 e de 2021 - quando os contactos totais rondavam os oito milhões, dos quais 35% eram efetivamente consideradas emergências - evidenciam que o uso do serviço piorou nos últimos dois anos.