Mais de 34 mil cidadãos estrangeiros estão recenseados para votar. Embora esse número esteja a aumentar, continua a ser diminuto, tendo em conta que há mais de um milhão de imigrantes a viver em território nacional. E a baixa participação limita a integração e favorece discursos anti-imigração, alertam especialistas.
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Apenas 34 165 cidadãos estrangeiros estavam recenseados, no final de 2024, para poder votar em eleições. Isto significa que só 3,3% dos mais de um milhão de estrangeiros residentes em Portugal estão aptos a ir às urnas. E representam 0,3% dos eleitores no país, revela uma análise do Gabinete de Estudos Económicos, Empresariais e de Políticas Públicas (G3E2P) da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), a que o JN teve acesso. Os especialistas alertam para uma baixa participação política que limita a integração e favorece discursos anti-imigração.
O número de cidadãos estrangeiros aptos a votar tem vindo a crescer depois de, em 2022, ter ultrapassado, pela primeira vez, a barreira dos 30 mil, ao chegar mais concretamente aos 31 043 recenseados, tal como o JN noticiou. Apesar de se verificar uma tendência ascendente, este número continua a ser pouco expressivo tendo em conta que os imigrantes constituem 9,8% da população residente em território nacional.