Autarcas lamentam critérios do Fundo Ambiental que levaram à atribuição de 90 milhões de euros a apenas 11 candidaturas. Pedem mais verba e atenção à coesão do país.
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Os mais recentes apoios do Fundo Ambiental à compra de autocarros elétricos deixaram de fora muitos municípios e empresas, sobretudo do Interior, que lamentam os critérios usados. Foram apresentadas 112 candidaturas, mas apenas 11 conseguiram financiamento. O dinheiro fica quase todo nos grandes centros urbanos do Litoral.
De acordo com o relatório preliminar - 1.ª alteração que apresenta os resultados das candidaturas a apoios do Fundo Ambiental para a Descarbonização dos Transportes Públicos, a que o JN teve acesso, os 45 milhões disponíveis para as áreas metropolitanas foram atribuídos à Alsa Todi Metropolitana de Lisboa, Nex Continental Holding, Barraqueiro Transportes (para 55 autocarros a operar em Lisboa a partir de 2025), SCOTTURB - Transportes Urbanos e para os Serviços Municipalizados de Transportes Coletivos do Barreiro (só parcialmente). Um montante igual, destinado ao resto do país, foi absorvido pela Guimabus - Empresa de Transportes de Guimarães, TUB - Transportes Urbanos de Braga, Município de Viana do Castelo, Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, Auto Viação Feirense e Transdev Norte (parcialmente). Os outros pretendentes - houve 112 candidaturas, das quais 82 foram aceites - ficaram sem verbas.