Desde 18 de novembro, os militares do Exército já efetuaram cerca de 25 mil entrevistas, o que implicou a realização de mais de 45 mil contactos, a casos de covid-19, em apoio à Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.
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Neste momento, com a diminuição das solicitações, estão a realizar entrevistas e rastreios de contactos de doentes com covid-19 nove equipas do Exército, das quais cinco em prol da ARS Norte e quatro a apoiar a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, num total de 135 militares empenhados. O JN acompanhou o trabalho de uma dessas equipas no Regimento de Transmissões, no Porto.
As equipas atuam de forma ininterrupta, 7 dias por semana, e são constituídas por 15 militares, oficiais, sargentos e praças com licenciatura ou frequência universitária, dos quais apenas dez estão a prestar apoio ao projeto em cada dia.
Até às 11 horas de 22 de dezembro, a ARS Norte contabilizava 25.382 casos de covid-19 entrevistados de seis Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES): Alto Ave (10.551), Maia/Valongo (5709), Gondomar (3543), Ave/Famalicão (3011), Aveiro Norte (1868) e Baixo Tâmega (700).
"Tínhamos inquéritos epidemiológicos em atraso, cadeias comunitárias que ainda não tinham sido identificadas ou situações em que era necessário regularizar as emissões das declarações de isolamento a casos e a contactos de alto risco", explicou ao JN Marta Teixeira.
A enfermeira especialista em Enfermagem Comunitária, que integra o projeto de rastreio colaborativo da ARS Norte, sublinhou que sem o contributo das Forças Armadas (onde se inclui também a Marinha e a Força Aérea) não seria possível aliviar a pressão existente sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Já o tenente-coronel Gonçalves Rodrigues, coordenador das equipas da Brigada de Intervenção, reiterou a disponibilidade do Exército para continuar a prestar este apoio.