As crianças e os adolescentes estão cada vez mais viciados em cosméticos

Há riscos, do ponto de vista psíquico, relacionados com comportamentos obsessivos
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Cresce o número de crianças e adolescentes viciados em cosméticos, qual elixir salvador rumo a um rosto imaculado. Dermatologistas confessam-se muito preocupados e alertam para os riscos.
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Crianças que com dez anos já não abdicam de levar os nécessaires atulhados de cremes para onde quer que vão, adolescentes que aplicam quase uma dezena de produtos logo de manhã - e outros tantos à noite -, jovens que são incapazes de sair de casa sem cumprir demorados rituais de skincare ou que reduzem a lista de pedidos de Natal a cremes, muitos deles desadequados à idade. Pelo meio, há irritações da pele, problemas dermatológicos que surgem ou se agravam, nalguns casos até queimaduras, cicatrizes que se eternizam. E ainda há quem simplesmente não dê ouvidos aos dermatologistas. Ou pior: quem se recuse a ir a uma consulta, para não ter de ouvir que não pode usar tantos produtos. Há cada vez mais crianças e adolescentes viciados rituais de skincare, com todos os riscos que daí advêm. E, sim, as redes sociais e os influencers têm sido o combustível perfeito para alimentar os casos de cosmeticorexia. Mesmo que haja outros fatores a considerar.

