O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reuniu-se esta quarta-feira com o homólogo norte-americano, Donald Trump, na Casa Branca, em Washington.
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Na reunião alargada, além de elementos da Casa Civil do presidente da República, estão o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva e o embaixador de Portugal nos Estados Unidos, Fezas Vital.
Esta sua visita oficial de um dia e meio, que começou na terça-feira, terminará na Residência da Embaixada de Portugal em Washington, com uma cerimónia de "Toast to America" - brinde à América - com a presença do presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, e do Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa será o quarto Presidente português eleito em democracia a ser recebido na Casa Branca, em Washington, pelo chefe de Estado dos Estados Unidos da América.
Ramalho Eanes, primeiro Presidente da República Portuguesa eleito por sufrágio universal após o 25 de Abril de 1974, foi recebido na Casa Branca por Jimmy Carter, em 1978, e por Ronald Reagan, em 1983.
Mário Soares esteve igualmente com Reagan na Casa Branca, em 1987, onde se reuniu também com George Bush, em 1989 e 1992, e com Bill Clinton, em 1993. Cavaco Silva, por sua vez, foi recebido em Washington por Barack Obama, em 2011.
Dos anteriores presidentes da República eleitos, apenas Jorge Sampaio - que recebeu Bill Clinton em Lisboa quando este estava a terminar o segundo mandato, no ano 2000, e depois teve como homólogo George W. Bush durante o período tenso da guerra do Iraque - não esteve na Casa Branca.
No plano diplomático, as relações com os Estados Unidos da América, onde vivem cerca um milhão e 400 mil emigrantes portugueses e lusodescendentes, são vistas como um dos principais pilares da política externa portuguesa.
Além da aliança na NATO e da cooperação bilateral na defesa e segurança - os Estados Unidos mantém presença militar na Base das Lajes, nos Açores, embora progressivamente reduzida - são um importante parceiro comercial de Portugal, principal destino das exportações portuguesas fora da União Europeia.
Por outro lado, o número de turistas norte-americanos que visitam Portugal tem crescido anualmente acima dos 10%.