São pequenas ou grandes cicatrizes e as alterações hormonais não explicam tudo. Loções e alimentos demasiado gordurosos são de evitar. E, atenção, nada de apertar borbulhas. Há implicações estéticas e emocionais. Há tratamentos e formas de prevenir.
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Primeiro, falemos de acne, aquele problema cutâneo, aborrecido, aquela doença vulgar a que quase ninguém escapa em algum momento da sua vida. Mais frequente na adolescência, é certo, mas que, por vezes, não se fica por aí e estica-se por mais anos. Depois, abordemos as marcas que deixa na pele, em várias partes do corpo, no rosto sobretudo. As cicatrizes que a acne deixa para lembrar que com ela não se brinca. Convém levá-la a sério porque o rasto tem consequências, causa desconforto físico e mesmo emocional. Não é coisa pouca.
A descrição que se segue é bastante gráfica. “Acne é uma condição de pele que ocorre quando os folículos pilosos (regiões em que nascem pelos) ficam obstruídos por sebo e células mortas, sendo colonizados por bactérias que geram inflamação”, descreve Sofia Carvalho, cirurgiã plástica e estética da Clínica Lisbon Plastic Surgery. Rosto, ombros, dorso e peito, regiões seborreicas por natureza, são as áreas mais afetadas. Marta Ribeiro Teixeira, dermatologista da Clínica Espregueira, no Porto, vai às origens (e são várias). “É uma patologia multifatorial, para a qual contribuem fatores genéticos, hormonais, ambientais, a toma de determinados medicamentos, a alimentação (alimentos com elevado índice glicémico, entre outros), a proliferação de algumas bactérias, a utilização de cosméticos não adequados ao tipo de pele, assim como fatores mecânicos, nomeadamente o traumatismo repetido causado por vestuário justo ou o uso de máscaras durante a pandemia de covid-19.” O stress também não ajuda.