O último dia de campanha eleitoral fez-se de arruadas, apelos ao voto e mensagens para os mais indecisos.
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Em Braga, Marcelo Rebelo de Sousa disse que "o povo é quem mais ordena", perante a maior assistência da sua campanha, composta por mais de mil pessoas, no Centro de Congressos de Braga. Na primeira fila da plateia, estavam os eurodeputados Paulo Rangel, do PSD, e Nuno Melo, do CDS-PP. O auditório, com 1200 lugares sentados, estava cheio, com alguma gente em pé.
Já a candidata presidencial Maria de Belém Roseira afirmou, no comício de pré encerramento da campanha, no Porto, que foi "vítima de ataques de caráter" e de "tentativa de assassinato político" nesta campanha por "ter cumprido a lei". "Fui vítima nesta campanha de duas coisas, uma delas o não se discutirem os programas de campanha nem a adequação do perfil dos candidatos às exigências do exercício do cargo de Presidente da República, mas fui sobretudo vitima de ataques de caráter e de tentativa de assassinato político que não me espanta nada porque eu, em Portugal, nunca vi ninguém atacar os medíocres", disse.
Em Coimbra, a concorrente presidencial apoiada pelo BE, Marisa Matias, assumiu-se como a "candidata independente" dos interesses financeiros, que não desiste nem tem medo, encerrando a campanha com um "até já", referindo-se a uma eventual segunda volta. No jantar de encerramento da campanha, Marisa Matias apontou à segunda volta nestas presidenciais: "Não se iludam, é apenas a primeira parte do caminho. Cá estaremos para mais três semanas".
Já António Sampaio da Nóvoa sublinhou, no último comício da campanha para Belém, que a sua candidatura está a um "pequeno passo de dar um grande passo", isto é, de chegar à segunda volta e depois chegar à Presidência da República. "Estamos a um pequeno passo de dar um grande passo. De ter em Belém, ao fim de 10 anos de uma linha que desprestigiou a imagem da Presidência, um Presidente que defenda a Constituição, a soberania do país, o Estado Social e os interesses dos portugueses e portuguesas", sublinhou, numa intervenção na Aula Magna da Universidade de Lisboa.
Por sua vez, Edgar Silva reforçou ser sua a única "candidatura do trabalho", não dos órgãos de Comunicação Social ou da Internet, mas sim de gente que está presente "de corpo inteiro" contra as políticas "carteiristas" da direita. "Engana-se quem pensar que basta chegar a um qualquer meio de Comunicação Social, às redes sociais, à Internet e dizer 'venham todos'. Não, há aqui uma história de identificação com a luta pelos direitos, liberdades e garantias, com os valores de Abril", afirmou, no comício de encerramento da campanha eleitoral, em Guimarães, numa das muitas referências críticas ao concorrente Marcelo Rebelo de Sousa e sua exposição mediática de anos e anos.