Assis consegue mais dois votos do que Aguiar-Branco. Há terceira ronda no Parlamento
Os deputados José Pedro Aguiar-Branco, do PSD, e Francisco Assis, do PS, foram os dois mais votados na segunda ronda da eleição do presidente da Assembleia da República e irão, por isso, medir forças entre si para que se encontre um vencedor. Só haverá novo presidente caso um dos nomes consiga, no mínimo, 116 votos.
Corpo do artigo
Assis obteve 90 votos a favor, ao passo que Aguiar-Branco se ficou pelos 88. A candidata do Chega, Manuela Tender, não foi além dos 49 votos, ficando assim pelo caminho. Registaram-se ainda duas abtenções, de entre os 229 deputados que votaram.
Durante a tarde, recorde-se, Aguiar-Branco - candidato único - falhou a eleição, não indo além dos 89 votos a favor (houve 134 abstenções e sete votos nulos). Ficou, por isso, a 27 votos da necessária maioria absoluta. Recorde-se que PS e PSD têm hoje 78 votos, contra 50 do Chega, oito da IL, cinco do BE, quatro de PCP e Livre, dois do CDS e um do PAN.
Os resultados geraram polémica, uma vez que a Aliança Democrática (AD e CDS) e o Chega tinham feito um acordo com vista à viabilização de Aguiar-Branco. Em troca, os sociais-democratas votariam a favor de Diogo Pacheco de Amorim, do Chega, para um dos lugares de vice-presidente. No entanto, André Ventura voltou atrás com a palavra, acusando o líder do CDS, Nuno Melo, de ter negado publicamente a existência do acordo.
Ventura instou o PSD a "escolher as companhias", pressionando Luís Montenegro a decidir-se entre o socialistas e o Chega. Ainda assim, na mesma ocasião, disse que mantinha a disponibilidade para votar a favor do nome de Aguiar-Branco.