Associação de técnicos do INEM acusa ex-presidente Vítor Almeida de “comprometer melhorias"
Associação que representa os técnicos de emergência critica o que diz ser a visão de Vítor Almeida de um país cheio de helicópteros e VMER.
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As controvérsias em torno da presidência do INEM ainda fazem correr tinta. A Associação Nacional dos Técnicos de Emergência Médica (ANTEM) reforçou, este domingo, as críticas ao ex-presidente indigitado do INEM, Vítor Almeida, acusando-o de “comprometer” algumas melhorias no Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) e de ter “um conhecimento pobre sobre as melhores práticas internacionais”.
“Ter como visão um país pejado de VMER e de helicópteros, para além de insustentável financeiramente, demonstra um conhecimento pobre sobre as melhores práticas internacionais, para os cuidados médicos de emergência”, refere a associação, numa nota de imprensa.
A ANTEM recorda que alertou “reiteradamente” para “as inúmeras fragilidades do SIEM” e que comprometem o “equilíbrio e a acessibilidade das populações ao sistema”. Segundo a associação, Vítor Almeida não contribuiu para o seu desenvolvimento e prejudicou “algumas melhorias”.
As críticas surgem após uma entrevista de António Leitão Amaro à RTP, na sexta-feira. O ministro da Presidência acusou o anterior Governo de ter deixado o INEM num “estado dramático” que levou à demissão do ex-presidente indigitado.
Esteve uma semana no cargo
No comunicado, a ANTEM realça ainda que a única pretensão de natureza pública de Vítor Almeida foi o “reconhecimento da especialidade de urgência e emergência”.
A compra de helicópteros de emergência médica está na origem da polémica em torno da Direção do INEM. Luís Meira, que tinha sido nomeado pelo Governo anterior, foi o primeiro a bater com a porta, após o novo Ministério da Saúde alertar que o INEM podia ter lançado um concurso público para a compra deste transporte aéreo, não necessitando da autorização da tutela.
Para o cargo, o Ministério liderado por Ana Paula Martins nomeou Vítor Almeida, que se demitiu uma semana depois. Segundo revelou à TSF, o médico impôs condições que não foram acolhidas pela tutela, nomeadamente o reforço orçamental, obrigando à nomeação de Sérgio Dias Janeiro.