Associação do jogo online diz que fim da publicidade aumentará apostas ilegais
A Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO) considera que acabar com a publicidade do jogo online iria fazer aumentar o número de apostas ilegais e representaria grandes perdas económicas para as entidades desportivas e para a comunicação social. Livre vai levar o tema ao Parlamento, na sexta-feira, com o objetivo de proibir o patrocínio destas entidades a eventos culturais e desportivos.
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Ao JN, Ricardo Domingues, presidente da APAJO, afirma que antes de alterar a lei é necessário combater o mercado ilegal. "Eu faço uma pesquisa por apostas desportivas e alguns dos resultados vão levar-me para sites ilegais, onde os meios de pagamento são os mesmos que existem nos sites regulados, são capazes de ter figuras públicas, influenciadores nesses sites ilegais e o consumidor não faz a mínima ideia onde é que está a jogar", denuncia, notando que 40% dos utilizadores acedem a esse mercado.
"Esta proposta vem trazer mais restrições àquilo que já é o ambiente mais seguro [de jogo]. Portanto, o que vai acabar por acontecer, se isto for para a frente, é um mercado ilegal que vai aumentar ainda mais", acrescenta. O dirigente está seguro que esse tipo de jogo é mais atrativo para os grupos vulneráveis, como as crianças, e para as pessoas com a adição de jogo. E lamenta a ausência de penalizações por parte da justiça, dez anos depois sobre a regulamentação do jogo. "Promover o jogo ilegal é crime. Em Portugal, já se fez queixas crimes contra inúmeros influenciadores e ainda não houve qualquer ação por parte das autoridades", aponta. Atualmente, existem 17 entidades exploradoras e 30 licenças de exploração de apostas desportivos e de fortuna ou azar.