Associações antirracistas exigem "coragem política" ao Governo para agir
Várias associações representativas de comunidades na Grande Lisboa reuném-se na terça-feira com Executivo sem grandes expectativas. Mas esperam “medidas concretas”.
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As associações que representam comunidades racializadas e do movimento antirracista vão reunir-se esta terça-feira à tarde com o Governo sem grandes expectativas perante o “histórico de falta de diálogo” com a sociedade civil e questionam os critérios de escolha de quem participará no encontro, que juntará também representantes das forças de segurança, e deixa de fora outras organizações, como as representativas da comunidade cigana. Exigem que o Governo tenha “coragem política” para passar à ação e garantir o acesso pleno a todos os direitos, pondo fim à segregação dos bairros.
Flávio Almada confessa que ficaram “perplexos” quando perceberam que a Vida Justa não fazia parte da convocatória inicial de quase duas dezenas de associações. O episódio “diz muito” sobre a reunião, lamentou, ao JN, o porta-voz do movimento, que, no sábado passado, mobilizou milhares na rua em Lisboa contra a violência policial e em homenagem a Odair Moniz.