Armadores exigem um pedido de desculpas público de António Filipe e José Soeiro. Em causa acusações de exploração dos pescadores indonésios.
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Ganham 860 euros por mês, têm subsídio de férias e de Natal, casa, água, luz, gás, internet, roupa, alimentação e viagens a casa pagas. Não vivem sem condições, não sem explorados e estão longe de ser “mão-de-obra barata”. Na pesca, mais do que trabalhadores, os indonésios são “família”. As declarações de António Filipe, do PCP, e José Soeiro, do Bloco de Esquerda (BE), na Assembleia da República (AR), indignaram os armadores. Agora, exigem um pedido de desculpas público e, até lá, recusam receber os dois partidos.
“É de alguém que desconhece o setor e que desconhece o norte. Não tem nada a ver com a realidade!”, afirmou, indignado, o presidente da Associação Pró-Maior Segurança dos Homens do Mar (APMSHM), João Leite, no final de uma reunião que, esta sexta-feira, juntou, na Póvoa de Varzim, uma centena de armadores.