Assunção Cristas, presidente do CDS/PP, visitou, este sábado, a Ovibeja, a grande feira da agricultura do Sul, onde acusou Capoulas Santos, o seu sucessor no Ministério da Agricultura de estar a destruir "uma estrutura que funcionava como um relógio suíço", apontando como exemplo a "substituição da administração do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas".
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A antiga ministra da Agricultura afirmou ter ficado "pasmada" quando ouviu Capoulas Santos dizer que "vai reunir um grupo de trabalho para tratar da seca", recordado que existe desde 2011, um grupo interministerial pronto a funcionar. "O ministro chegou muito atrasado", concluiu a líder centrista.
Sobre a situação de seca que se vive no Alentejo, Cristas desfiou algumas das medidas que já deveriam ter sido tomadas para minorar os seus efeitos: "A isenção da taxa de recursos hídricos para os regantes, a forma de apoiar o abeberamento aos animais com os bombeiros para poderem carregar água e isentar de contribuição para a Segurança Social, por um período de tempo".
Sobre as declarações de Capoulas Santos de que quando chegou ao Ministério não existia qualquer projeto aprovado no âmbito do PDR2020, Assunção Cristas foi corrosiva: "Ó... Sobre essa conversa não dou para esse peditório", recomendado ao titular da pasta que "trabalhe e ponha o dinheiro para os agricultores", concluindo que o momento que se vive no setor ao nível governamental "é a tradição socialista tratar mal a agricultura", concluiu
Durante a visita, Assunção Cristas cruzou-se com Carlos Moedas, comissário europeu natural de Beja que também visitava o certame. Trocaram um longo abraço e falaram da família.